Escrito por:

J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-11-15 02:19:41

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Vinhos Exclusivos da Casa Tertúlia

Cada garrafa produzida na Casa Tertúlia é uma obra única. Os lotes exclusivos, cuidadosamente elaborados, são a expressão máxima do comprometimento da enóloga com a autenticidade e a singularidade. O resultado de uma busca incessante pela excelência, proporcionam uma experiência enológica única.

A arte por trás do vinho: Tannat e Chardonnay

Elaborar vinhos que se destaquem por suas características únicas é uma arte de conhecimento e respeito ao que é próprio de cada uva, cada cultivo e cada técnica enológica. Evitando uma padronização inerte, como pelo uso excessivo de madeira, ou uma impressão de intensidade por excesso de taninos agressivos, o caminho que leva a um vinho equilibrado e único é longo e passa por uma jornada trabalhosa de dedicação dentro da cantina. A seleção das uvas é fundamental, pois sem uvas boas não se pode fazer vinhos bons. Mas a enologia precisa ser extremamente refinada para que se colham os melhores resultados.

Por isso é necessário observar as potencialidades de cada vinho, com um paladar atento a nuances e detalhes. É o caso dos vinhos Tannat, da linha Nox Aurea, de apenas 384 garrafas da safra de 2019, e do Chardonnay barricado da mesma linha, com 700 garrafas oriundas da safra histórica de 2020. Dois vinhos excepcionais da Casa Tertúlia que representam opostos em estilos, mas se assemelham na expressão da arte da enóloga.

Se, por um lado, ambos os vinhos foram elaborados em lotes muito limitados, tendo recebido premiações significativas, as técnicas aplicadas foram completamente distintas. O Tannat é um vinho extremamente longevo, de coloração que ainda se encontra púrpura, maturando apenas na garrafa, onde deve aguardar por muitos anos o resultado do tempo. Já o Chardonnay, tendo estagiado em barricas de carvalho francês de primeiro uso, possui coloração dourada intensa fruto da micro-oxigenação da madeira. Ambos são vinhos extremamente raros, explorando, no caso do tinto, a peculiaridade de um Tannat de guarda sem barrica, e, no branco, um vinho que demandou a barrica para adquiri intensidade.

O Tannat, conhecido por sua robustez e estrutura, ganha uma nova dimensão quando submetido à maturação na garrafa. Esse processo, muitas vezes subestimado, revela a verdadeira elegância deste célebre vinho. Ao permitir que o Tannat amadureça lentamente após a vinificação, a complexidade de aromas e sabores se aprimora, proporcionando uma experiência sensorial única.

Já o Chardonnay é um vinho que transcende a sua própria varietal, oferecendo uma experiência refinada que cativa os apreciadores de vinhos brancos encorpados. Cada gole é uma jornada sensorial, onde a expressão única da casta se entrelaça com a influência cuidadosa da madeira, criando um equilíbrio notável entre frescor e complexidade.

O equilíbrio sutil: Marselan e Cabernet Sauvignon

Elaborados em duas versões do mesmo vinho, são perfeitos para uma degustação comparada, com ênfase na análise da influência da madeira. Em lotes de 1000 a 3000 garrafas, ambos da apaixonante safra de 2020, representam escolhas enológicas que se tornam um tesouro para degustadores. Aqui, testemunhamos o vinho em sua versão original e a transformação da casta Marselan e Cabernet Sauvignon sob a influência sutil do carvalho. Uma dança cuidadosa de sabores, onde se compreende a importância do equilíbrio. Enquanto os vinhos sem carvalho são mais intensos e exploram as sutilezas das varietais, o toque da madeira acrescenta camadas de complexidade sem eclipsar a personalidade única das castas. Cada gole é um convite à apreciação.

Merlot Reserva da Família 2018 e Teroldego Safra Histórica 2020

Uma combinação autêntica que indica dois estilos completamente distintos de maturação: a reserva de apenas 700 garrafas de um lote selecionado da Merlot, na safra excepcional de 2018. Foi mantido refrigerado a baixas temperaturas sob o cuidado da enóloga e diretamente engarrafado após a fermentação, sem que fosse aberta a primeira garrafa para venda até 2020. Já o Teroldego, barricado e de um lote de 1000 garrafas, é um vinho que mesmo com sua intensidade e adstringência apurou-se para o consumo, estanto pronto entre 2021 e 2022. Ambos venceram o 4º lugar dentre todos os Merlots sem barrica e Teroldegos degustados pelas últimas avaliações da Wines of Brazil Awards. Representam o respeito reverente por suas características intrínsecas, oferecendo uma experiência que transcende o ordinário.

Escrito por:

J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-10-11 14:58:00

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Degustando o Chardonnay Barricado da Casa Tertúlia

“Casa Tertúlia Nox Aurea Chardonnay 2020. Esse vinho me chama atenção para a excelência da uva Chardonnay, no noroeste do Rio Grande do Sul, onde o rio Uruguai banha os vinhedos. O ouro velho brilhante da cor, estimulou-me a pedir um histórico à produtora Viviane Hilgert.

‘…no decorrer da fermentação, mantida à baixa temperatura, a evolução foi intensa trazendo resultados motivadores, o que fez com que optássemos por deixar o mosto em contato com as cascas por mais 4 dias. Isso encaminhou o vinho para um estilo de mais potência em cor, sabor e também longevidade. Continuamos, então, com um período de maturação no tanque, e depois de muitas degustações deliberamos que ele merecia estagiar na barrica. Em mais 6 meses, o vinho tinha se transformando de um Chardonnay básico em um vinho com notas intensas com predominância de damasco e coloração marcante. Passando mais 4 estações, chegou à complexidade em boca, enchendo o paladar com sua nobreza e exuberância, e os olhos com sua belíssima cor dourada. Foi nesse ponto que decidimos que ele estava pronto para engarrafar, e passou a ser chamado de ouro engarrafado por aqui. Ele sem dúvida foi o vinho que serviu de inspiração para nossa linha Nox Aurea, que significa Noite Dourada em latim, em homenagem a uma história que era contada por meu pai. No local em que hoje se encontram os vinhedos, os vizinhos costumavam ver uma luz na noite, que inclusive fez com que muitos cavassem à procura de um tesouro. Não se encontraram jóias ou ouro, mas a história ficou, e hoje nomeia os vinhos que são os tesouros da vinícola, como o caso do nosso Casa Tertúlia Nox Aurea Chardonnay 2020.’

Um vinhaço!!! Saúde!”

Relato original extraído da página pessoal de Rogerio Dardeau.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2021-01-24 17:38:03

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Maturação sur lie em vinhos brancos: como essa técnica funciona?


O termo de origem francesa refere-se à maturação “sobre borras”, o que aumenta a complexidade e cremosidade nos vinhos brancos.

Seja utilizada na elaboração de espumantes, seja na estruturação de vinhos brancos, a maturação sur lie, desde que aplicada a bebidas de alta qualidade, traz resultados excelentes oriundos de componentes das próprias leveduras que fizeram sua fermentação.

Todo o processo se inicia quando, após a transformação do açúcar em álcool (fermentação alcoólica), as leveduras entram na fase de autólise, que é uma autodegradação natural das moléculas, operada pelas enzimas ali presentes. Após algumas semanas, uma porção sólida se deposita no fundo dos recipientes: é a “borra”, sobre a qual faremos maturar o vinho sur lie, ou que será separada nas elaborações convencionais.

Essas borras nada mais são do que leveduras mortas sedimentadas, com compostos nitrogenados, aminoácidos, proteínas, lipídios e, mais importante, complexos aromáticos que podem ser restituídos ao vinho. Além da fermentação alcoólica, mais borras podem surgir caso se inicie a segunda fermentação, a fermentação malolática.

Borras depositadas ao fundo de barril após a autólise das leveduras que transformaram a uva em vinho. Observa-se também o processo de bâtonnage (revolvimento com bastão) das borras em um vinho branco.

O procedimento comum é separar o vinho das borras, que se mantêm ao fundo enquanto o líquido é conduzido a outro reservatório. Porém, a enóloga pode optar por manter o vinho em contato com parte dessa borra, o que traz mais complexidade aromática e deixa o vinho mais redondo e macio. Nos vinhos brancos o contato com as borras também é responsável por aumentar o corpo, conceder mais cremosidade, interferir na expressão dos taninos e elevar sua intensidade de aromas e sabores, além de deixá-los mais estáveis, durarouros, profundos e estruturados. Se o vinho for de boa qualidade, com uvas extremamente sadias e de boa maturação, tendo passado por uma fermentação bem conduzida, a borra trará propriedades igualmente favoráveis. Mas também pode ocorrer o oposto. Por isso a seleção dos vinhos cuja elaboração será conduzida dessa maneira precisa ser rigorosa, cabendo à enóloga julgar a quantidade, o tempo e se um vinho deve ou não ficar em contato com as borras.

Por esse motivo o método é também melhor aplicado a vinhos que se destacam em algumas qualidades, como é o caso do Moscato de Alexandria da Casa Tertúlia, extremamente aromático e com corpo e complexidade suficiente para receber a intervenção das borras. Inspirado na elaboração dos vinhos sur lie franceses, o Moscato da safra de 2019 da Casa Tertúlia passou por um método sur lie com borras refinadas, o que pode ser constatado observando a própria garrafa.

Moscato de Alexandria, safra 2019, Casa Tertúlia. Um vinho sur lie de coloração amarelo âmbar, muita intensidade e complexidade aromática, inspirado em métodos franceses.

Certamente as características marcantes desse vinho de lote limitado se devem, em partes, à varietal que é altamente aromática, com características muito favoráveis na hora da elaboração do vinho, e, em partes, às propriedades que foram enobrecidas através da maturação sur lie, além da meticulosa atuação da enóloga optando por esse método. Vale a pena conhecer os sabores de mel, erva-doce e as notas cítricas desse que certamente é um Moscato único e cheio de personalidade.

Fontes:
https://adegaperlage.com.br/2019/10/30/sur-lie-e-batonnage-no-vinho/
http://www.tintosetantos.com/index.php/envelhecendo/422-sur-lies-o-que-e-isso
https://www.labivin.net/article-que-signifie-la-mention-sur-lie-muscadet-50516514.html
https://dico-du-vin.com/elevage-sur-lies-l/
https://wisp-campus.com/l-elevage-sur-lies/?lang=en
https://www.enocultura.com.br/muscadet/
https://www.wine.com.br/winepedia/sommelier-wine/sur-lie-e-batonnage/

Agradeço também à enóloga da vinícola Casa Tertúlia, Viviane M. Massi Hilgert, pelas informações prestadas.

Escrito por:

J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2021-01-12 17:26:25

Tags: brut,espumante,espumante brasileiro,harmonização,massa,moscato,moscato de alexandria,receita,vinho,vinho branco,

Caccio, Peppe i Limone com Brut ou Moscato

Queijo, pimenta, limão, ervas frescas como o alecrim e o majericão: qual vinho você prefere, um Moscato de Alexandria ou um espumante Alliance Brut?
Queijo, pimenta, limão, ervas frescas como o alecrim e o majericão: qual vinho você prefere, um Moscato de Alexandria ou um espumante Alliance Brut?

Dizem os enófilos que um bom vinho e um bom prato fazem o melhor dos casamentos. Depois de provar essa harmonização, é difícil discordar. Os sabores de ervas frescas da massa, o toque do limão e da pimenta, o parmesão derretendo… Agora imagine com uma taça refrescante de vinho branco Moscato da Casa Tertúlia, que já é profundamente intenso e aromático, ou então o nosso Alliance Brut, com seu frescor e frutas cítricas. Em uma noite de verão, com boa música do seu agrado e uma boa companhia, sugerimos fortemente que você prove essa receita (ou em outro momento qualquer).

Este prato pede poucos ingredientes:

  • Alho
  • Manteiga
  • Azeite de oliva
  • Ramos de alecrim fresco
  • Manjericão fresco
  • Limão
  • Pimenta
  • Parmesão
  • Massa (sugestão: spaghetti ou fetuccine) 
  • Sal

Na água fervente, adicione a massa pelo tempo indicado no pacote. Refogue o alecrim com o alho picado em manteiga e azeite de oliva numa frigideira grande. Adicione a pimenta moída na hora e sal, mas cuide para não exagerar. Desligue, esprema o suco de um limão e misture. Rale o parmesão e pique em tiras finas o manjericão fresco. Antes de adicionar o queijo, retire o alecrim e coloque junto com a panela de massa, ou descarte. Quando a massa ficar al dente, tire-a da água e passe à frigideira. Ligue em fogo baixo, adicione o parmesão e mova delicadamente. Pode-se adicionar um pouco da água do cozimento para aumentar a cremosidade. Adicione o manjericão fresco, mais azeite de oliva e limão se preferir. E queijo, que nunca é demais, né?