Escrito por:

J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2024-03-06 12:24:00

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Lançamento da Casa Tertúlia trará tecnologia própria e inovadora

A Casa Tertúlia está prestes a marcar um novo capítulo na história da enologia com o lançamento de um vinho de corte que não merece outro título senão o de revolucionário. Este vinho, nunca antes feito, é dedicado à inovação e à excelência encontrada nos vinhos do Brasil. A tecnologia desenvolvida pela vinícola permitiu que um refinamento do processo produtivo se unisse à qualidade dos lotes selecionados, resultando em um produto excepcional.

Pela primeira vez, a Casa Tertúlia irá introduzir no mercado um vinho de corte elaborado com uma metodologia exclusiva e pioneira. A combinação objetiva das varietais e uma aplicação precisa que essa nova técnica proporciona resultaram em um sabor único e distinto, que reflete a paixão e o comprometimento da vinícola em criar experiências sensoriais memoráveis.

Este tinto brasileiro de alto padrão não só representa o auge de uma Enologia Inteligente que é empregada pela Casa Tertúlia, como também destaca o potencial da produção vinícola nacional. Com foco na excelência e na originalidade, este lançamento está destinado a cativar o paladar de enófilos e entusiastas do vinho, assim como solidificar o lugar do vinho brasileiro como referência internacional.

Aguarde para saber os detalhes dessa inovação que deve balançar os pilares da enologia através da ciência, da inteligência e da tecnologia.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-12-01 13:44:00

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Charmat e Champenoise: diferenças de cada método na elaboração de espumantes brasileiros

O mundo dos espumantes é vasto e diversificado, com métodos de elaboração que geram diferentes perfis e estilos da bebida. Dois métodos que se destacam nesse cenário são o Charmat e o Champenoise, cada um trazendo características únicas à taça. A principal diferença? O tamanho dos recipientes em que ocorre a segunda fermentação. Nossa enóloga aqui na Casa Tertúlia costuma fazer uma brincadeira que pode te ajudar a lembrar: o nome curto indica as fermentações em recipientes maiores, e o nome longo se refere aos que fermentam em recipientes pequenos, ou seja, na própria garrafa. Mas o que isso significa na hora de degustar e escolher um vinho espumante?

Método Charmat: Frescor e Perfil Frutado

O método Charmat, surgido na Itália e aperfeiçado pelo francês Eugène Charmat em 1907, se sobressai por sua capacidade de preservar as características frutadas das uvas, dando uma sensação de frescor e elegância à bebida. Como a segunda fermentação ocorre nos tanques chamados de “autoclaves”, que aguentam alta pressão, a fermentação pode ocorrer de forma mais vigorosa e eficiente. Já que a quantidade do vinho base e das leveduras é mantida em conjunto, resulta em efeitos muito mais intensos e, por isso, mais rápidos. Assim, a fermentação é concluída em alguns dias ou semanas, enquanto no método Champenoise é preciso esperar mais tempo até que o processo acabe. Disso decorre a principal vantagem dos Charmats: o frescor incomparável conferido aos espumantes. Além disso, as borbulhas costumam ser exuberantes, proporcionando uma experiência refrescante, com elegância, vivacidade e perlage incrível.

Serão ideais para dias mais quentes, com pratos perfumados, frescos e mais delicados, ou quando se busca um espumante que não dispute com a intensidade de algumas receitas, nem se sobreponha a sabores mais sutis. Joviais, eles trarão muitas vezes notas florais, cítricas e de frutas frescas, evoluindo para castanhas e compotas.

Além do apelo sensorial, os espumantes Charmat se revelam como uma opção versátil, especialmente para quem busca uma experiência de degustação radiante e que harmoniza com o clima do Brasil. Nesse ponto, a Casa Tertúlia, no Alto Uruguai Gaúcho, se destaca por escolher estrategicamente o método de elaboração que captura a vivacidade do terroir brasileiro, que já desfruta de amplo reconhecimento internacional. Ao brindar com esses espumantes, estamos não simplesmente degustando uma bebida; mas celebrando a arte da vinificação inteligente e a riqueza do nosso terroir.

Método Champenoise: Fermentação na Garrafa

Também conhecido por “método tradicional”, é o mais antigo método de vinificação de espumantes, tendo surgido na França com monges da região de Champagne, pela figura mítica de Don Pérignon. Ao descobrir que algumas garrafas haviam voltado a fermentar, teria encontrado por acidente a surpresa das borbulhas. Ela é, portanto, uma das maneiras de produzir espumantes em que se repete o procedimento mais primitivo de que se tem conhecimento, e que, por se tratar de volumes menores em cada fermentação isolada, leva um tempo adicional para terminar. Por isso passa por um contato prolongado com as leveduras, gerando menos borbulhas e notas derivadas de uma fermentação mais demorada. Com toques de fermento, pães torrados, confeitaria, caramelo e castanhas, podem ser mais amanteigados e com uma textura mais cremosa.

Enquanto o vinho espumante passa meses fermentando, ocorre também uma maturação sur lie, ou seja, “sobre as leveduras”, em que se faz a movimentação da garrafa para aumentar seu contato com o restante do líquido. Para retirar as leveduras da garrafa ao fim do processo, usam-se os pupitres (racks em forma de A), girados manualmente, ou caixas mecânicas automatizadas, onde as garrafas são regularmente giradas e inclinadas. Removidas as leveduras, a garrafa é tampada novamente, em um processo chamado dégorgement, “degola”. Finalmente, é ajustado o teor de açúcar com o chamado licor de expedição.

Em resumo, as etapas do processo pelas quais um vinho precisa passar para se tornar um espumante são as mesmas (fermentação do vinho base, segunda fermentação, retirada de leveduras e licor de expedição), mas há diferentes técnicas para realizá-las, levando a diferenças no resultado gustativo e aromático.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-11-18 17:04:57

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Vinhos Brasileiros de Alto Padrão: Casa Tertúlia e a Sofisticação do Alto Uruguai Gaúcho

Nos últimos anos, os vinhos brasileiros de alto padrão vêm emergindo como verdadeiro entusiasmo pelos amantes do vinho. Essa ascensão é resultado de uma atuação cuidadosa de inúmeros protagonistas, desde sommeliers, enófilos e escritores que avaliam os vinhos, até a ponta da produção com os viticultores brasileiros, que refletem o trabalho mútuo e a habilidade das vinícolas em criar rótulos que competem em excelência com os melhores vinhos do mundo.

Avaliações de vinhos, formadores de opinião e vinícolas com foco em alto padrão, como é a bandeira da Casa Tertúlia, têm tido um papel fundamental no desenvolvimento do cenário brasileiro do vinho.

Terroir Brasileiro: o surgimento de uma nova região produtora de renome no mundo

São muitas as conquistas que o vinho brasileiro vem atingindo em competições e degustações pelo mundo e dentro do próprio território nacional. Um movimento que surge há não muitas décadas, e que é um grande avanço para os apreciadores de garrafas de alta qualidade. Hoje, é possível encontrar vinhos nacionais em pé de igualdade com os mais renomados produtores à nível mundial, e isso se deve a uma evolução coletiva de implemento de melhorias, avanço no conhecimento vitivinícola e um público brasileiro apaixonado pelo vinho. O Brasil tem isso e muito mais.

O segredo por trás do destaque dos vinhos brasileiros de alto padrão reside no terroir gigantesco e plural que abrangemos. Desde as encostas das serras até os vales banhados pelo sol, cada região do Brasil contribui com características singulares, oferecendo uma riqueza de sabores e aromas que se traduzem em vinhos sofisticados e distintos.

Avaliações como a Wines of Brazil Awards, que organiza e avalia anualmente centenas de garrafas de todos os cantos do país, e autores de destaque como Rogério Dardeau, que escreveu o livro Gente, Lugares e Vinhos do Brasil, fazendo um amplo catálogo da diversidade brasileira em termos vinícolas, são indicativos da revolução que nosso país vem sofrendo. Casas de vinhos e restaurantes com rótulos exclusivamente brasileiros em suas cartas são empreendimentos que vem aumentando cada dez mais, com filas na porta e um público fiel. As vendas online também têm demonstrado um interesse crescente de pequenos comerciantes que querem se dedicar exclusivamente a produtores brasileiros. O que explica essa ascensão?

Reconhecimento e Evolução do Vinho Nacional

O destaque dos vinhos brasileiros de alto padrão não é mais uma surpresa; é uma realidade aclamada nacional e internacionalmente. Conquistas em competições e críticas positivas de especialistas têm colocado os rótulos brasileiros em evidência, atraindo a atenção de amantes de vinho não só em solo nacional, mas em diversas competições pelo mundo.

A partir de uma percepção das potencialidades do Brasil na produção não apenas de vinhos de mesa, mais simples e competitivos, mas também para os rótulos finos que vinham se destacando mais e mais, as vinícolas e produtores entendem a demanda por esse perfil de consumo, e passam a trabalhar em muitos casos exclusivamente em produtos de maior qualidade. É o caso da Casa Tertúlia, vinícola sediada no Alto Uruguai gaúcho, próxima à província argentina de Missiones e o Salto do Yucumã. Cada garrafa é um testemunho do compromisso incansável com a excelência, contribuindo para solidificar a reputação do Brasil como produtor de vinhos de destaque.

Com muitos novas regiões produtoras surgindo, empresários do ramo vinícola vêm surgindo a cada ano com propostas que mostram ao público brasileiro que temos em nossos solos potenciais de qualidade avançados, conformando uma região produtora já tão grande em termos de diversidade, que passa a receber o reconhecimento dessa história de evolução servida em taças.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-11-15 02:19:41

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Vinhos Exclusivos da Casa Tertúlia

Cada garrafa produzida na Casa Tertúlia é uma obra única. Os lotes exclusivos, cuidadosamente elaborados, são a expressão máxima do comprometimento da enóloga com a autenticidade e a singularidade. O resultado de uma busca incessante pela excelência, proporcionam uma experiência enológica única.

A arte por trás do vinho: Tannat e Chardonnay

Elaborar vinhos que se destaquem por suas características únicas é uma arte de conhecimento e respeito ao que é próprio de cada uva, cada cultivo e cada técnica enológica. Evitando uma padronização inerte, como pelo uso excessivo de madeira, ou uma impressão de intensidade por excesso de taninos agressivos, o caminho que leva a um vinho equilibrado e único é longo e passa por uma jornada trabalhosa de dedicação dentro da cantina. A seleção das uvas é fundamental, pois sem uvas boas não se pode fazer vinhos bons. Mas a enologia precisa ser extremamente refinada para que se colham os melhores resultados.

Por isso é necessário observar as potencialidades de cada vinho, com um paladar atento a nuances e detalhes. É o caso dos vinhos Tannat, da linha Nox Aurea, de apenas 384 garrafas da safra de 2019, e do Chardonnay barricado da mesma linha, com 700 garrafas oriundas da safra histórica de 2020. Dois vinhos excepcionais da Casa Tertúlia que representam opostos em estilos, mas se assemelham na expressão da arte da enóloga.

Se, por um lado, ambos os vinhos foram elaborados em lotes muito limitados, tendo recebido premiações significativas, as técnicas aplicadas foram completamente distintas. O Tannat é um vinho extremamente longevo, de coloração que ainda se encontra púrpura, maturando apenas na garrafa, onde deve aguardar por muitos anos o resultado do tempo. Já o Chardonnay, tendo estagiado em barricas de carvalho francês de primeiro uso, possui coloração dourada intensa fruto da micro-oxigenação da madeira. Ambos são vinhos extremamente raros, explorando, no caso do tinto, a peculiaridade de um Tannat de guarda sem barrica, e, no branco, um vinho que demandou a barrica para adquiri intensidade.

O Tannat, conhecido por sua robustez e estrutura, ganha uma nova dimensão quando submetido à maturação na garrafa. Esse processo, muitas vezes subestimado, revela a verdadeira elegância deste célebre vinho. Ao permitir que o Tannat amadureça lentamente após a vinificação, a complexidade de aromas e sabores se aprimora, proporcionando uma experiência sensorial única.

Já o Chardonnay é um vinho que transcende a sua própria varietal, oferecendo uma experiência refinada que cativa os apreciadores de vinhos brancos encorpados. Cada gole é uma jornada sensorial, onde a expressão única da casta se entrelaça com a influência cuidadosa da madeira, criando um equilíbrio notável entre frescor e complexidade.

O equilíbrio sutil: Marselan e Cabernet Sauvignon

Elaborados em duas versões do mesmo vinho, são perfeitos para uma degustação comparada, com ênfase na análise da influência da madeira. Em lotes de 1000 a 3000 garrafas, ambos da apaixonante safra de 2020, representam escolhas enológicas que se tornam um tesouro para degustadores. Aqui, testemunhamos o vinho em sua versão original e a transformação da casta Marselan e Cabernet Sauvignon sob a influência sutil do carvalho. Uma dança cuidadosa de sabores, onde se compreende a importância do equilíbrio. Enquanto os vinhos sem carvalho são mais intensos e exploram as sutilezas das varietais, o toque da madeira acrescenta camadas de complexidade sem eclipsar a personalidade única das castas. Cada gole é um convite à apreciação.

Merlot Reserva da Família 2018 e Teroldego Safra Histórica 2020

Uma combinação autêntica que indica dois estilos completamente distintos de maturação: a reserva de apenas 700 garrafas de um lote selecionado da Merlot, na safra excepcional de 2018. Foi mantido refrigerado a baixas temperaturas sob o cuidado da enóloga e diretamente engarrafado após a fermentação, sem que fosse aberta a primeira garrafa para venda até 2020. Já o Teroldego, barricado e de um lote de 1000 garrafas, é um vinho que mesmo com sua intensidade e adstringência apurou-se para o consumo, estanto pronto entre 2021 e 2022. Ambos venceram o 4º lugar dentre todos os Merlots sem barrica e Teroldegos degustados pelas últimas avaliações da Wines of Brazil Awards. Representam o respeito reverente por suas características intrínsecas, oferecendo uma experiência que transcende o ordinário.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2023-11-15 01:02:35

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A enóloga que transforma vinho em arte no Alto Uruguai gaúcho

Em cada garrafa da Casa Tertúlia, há o toque de uma enóloga dedicada a alcançar os resultados de Alto Padrão oferecidos pela vinícola. Formada em Viticultura e Enologia pelo IFRS de Bento Gonçalves, referência da área no Brasil, Viviane Hilgert é a alma criativa por trás dos vinhos de autenticidade, garantindo a qualidade das bebidas.

Trajetória

Com seu empenho incansável, a jornada inicia com o desafio de elaborar no Alto Uruguai gaúcho vinhos que se destaquem como referência da terra vermelha em que se encontra a vinícola. Assim, o conhecimento e estudos de mais de 10 anos de dedicação se consolidam em um trabalho de aprimoramento constante, com o compromisso de dominar com maestria a refinada arte de produzir vinhos em um terroir praticamente inexplorado. Deparando-se com a ausência de tecnologia especializada em vitivinicultura na região, a enóloga transformou uma dificuldade em uma oportunidade, aplicando seus estudos e conhecimento técnico de forma única, ao adaptar os métodos de manejo e enologia aprendidos na Serra Gaúcha ao solo argiloso e ao clima peculiar da Casa Tertúlia.

Sustentabilidade

O cuidado especial com a natureza também é uma marca de Viviane, que se dedica a tratar das videiras e centenas de árvores já plantadas no local com toda sua dedicação. Desde o amor pelos animais que fazem parte do cenário, percorrendo os vinhedos em momentos estratégicos para controlar ervas-daninhas e insetos de forma ecológica, até a manutenção de vertentes e matas ciliares na propriedade: tudo é pensado para que o ambiente seja tratado com respeito ao meio-ambiente. Sua abordagem cuidadosa se baseia no acompanhamento minucioso da plantação, redução de desperdícios hídricos e melhor aproveitamento dos recursos naturais. As uvas se desenvolvem com o acompanhamento de uma viticultora apaixonada por botânica e pelo ambiente sustentável que se desenvolve na vinícola.

Autenticidade

A escolha deliberada de não passar determinados vinhos em barricas de carvalho, evidencia o discernimento delicado de Viviane. Essa decisão preserva a autenticidade das castas, permitindo que cada vinho conte a história singular da uva e do terroir. Seu trabalho resulta em vinhos autênticos, sem interferências externas que descaracterizem a bebida, destacando-se pela pureza de sabores e pela personalidade e qualidade das notas gustativas. Em lotes que o uso das barricas se faz útil ao resultado final da bebida, a madeira é reservada ao uso cauteloso e acompanhado de degustações constantes, para que não se sobreponha às características próprias da uva. É preciso calcular minuciosamente os aspectos que influenciarão na tipicidade da bebida e tomar decisões apuradas. As peculiaridades de cada safra, do clima anual, do solo e do terroir, da mão do homem em suas técnicas enológicas, tudo deve ser análisado no laboratório e na catina, para que o resultdo final sejam vinhos únicos com o máximo de personalidade.

Com sua contribuição inestimável à Casa Tertúlia, Viviane merece o reconhecimento não apenas como enóloga, mas como uma artista dedicada à criação de vinhos de alto padrão. Sua inteligência, dedicação e empenho são os pilares que sustentam a reputação da vinícola como referência na elaboração de vinhos do Alto Uruguai gaúcho, consolidando seu espaço entre os grandes enólogos brasileiros.

Cada garrafa da Casa Tertúlia é um tributo à maestria da enóloga, uma expressão autêntica da sua paixão pela vinicultura e um brinde ao talento que transforma pequenos cachos em obras-primas.

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J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2021-02-11 12:42:16

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Casa Tertúlia é referida em livro sobre vinhos do Brasil

Livro Gente, Lugares e Vinhos do Brasil, acompanhado do vinho Cabernet Sauvignon da Casa Tertúlia, mencionado na obra.

Publicado no fatídico ano de 2020, o livro de Rogerio Dardeau, Gente, Lugares e Vinhos do Brasil, traz mais um feito importante para a vinicultura brasileira, em pleno ano de avanço do consumo e apreciação desta bebida elaborada em nossos solos.

Trazendo um amplo conjunto de vinícolas, regiões produtoras e pessoas que fazem vinho de sul a norte no país, Rogerio alcança um resultado muito promissor para quem deseja conhecer mais sobre a diversidade de nossas produções, marcando o grande número de brasileiros engajados com a arte do vinho.

À página 264 do livro, trecho em que se menciona a vinícola Casa Tertúlia, em capítulo acerca da região do Alto Uruguai gaúcho.

Do Alto Uruguai, na fronteira norte do Rio Grande do Sul com a Argentina, onde se encontra a vinícola Casa Tertúlia, passando pela Serra Catarinense, o Sul de Minas, a baiana Chapada Diamantina, compilando do norte até a Serra Gaúcha, são mencionadas no livro, em mais de 10 páginas em lista dupla, as pessoas que fazem com que essa história aconteça. A imensidão destacada pela obra indica também a necessidade de olhar-se a partir de uma nova perspectiva essa então importante atividade econômica do Brasil, cada vez mais presente e em crescimento constante.

Não bastasse esse grande compilado, o autor também trata de questões de legislação do vinho, das castas de uva produzidas e de uma série de aprendizados em enologia e viticultura. Transportando a demanda por uma identidade do vinho brasileiro, desde suas origens até suas expansões mais recentes, não se deixa de lado nem mesmo alguns projetos que foram iniciados e não se concluíram, marcando a grande pesquisa realizada pelo escritor.

Livro de Rogério Dardeau sobre vinhos brasileiros, as pessoas e as regiões que estão fazendo sua história, acompanhado pelo vinho elaborado no Alto Uruguai gaúcho, presente na obra.

A Casa Tertúlia é agraciada pela menção de suas práticas sustentáveis, destacando os ideais da vinícola que busca pela elaboração de vinhos de alto padrão, com o entusiasmo das tertúlias e o conforto da casa que a nomeiam. Além da utilização de rebanho de ovinos e de aves nos vinhedos, lembram-se de alguns dos primeiros vinhos elaborados pela casa, como o Merlot, o Cabernet Sauvignon e a varietal labrusca Isabel, uma das mais tradicionais uvas cultivadas no solo brasileiro. Ao norte do Rio Grande do Sul, encontramos um trilho cujo contorno é atualmente construído, com o surgimento de novas vinícolas, desde cooperativas até as vinícolas boutique, como é a Casa Tertúlia, que estão buscando deixar sua marca no mundo dos vinhos. Presente, o Alto Uruguai gaúcho e, em especial, a Casa Tertúlia, encontram-se muito contentes por participar dessa obra do vinho brasileiro.

Fonte:
DARDEAU, Rogerio. Gente, Lugares e Vinhos do Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 2020.

Para adquirir o livro, acesse: https://www.mauad.com.br/index.php?route=product/product&product_id=33906

Escrito por:

J. Hilgert

Sommelière, mestre em filosofia e colunista da Casa Tertúlia

2021-01-24 17:38:03

Tags: Alto Uruguai e Novos Terroirs do Brasil,borras,casa tertúlia,élevage sur lie,enologia,maturação sobre borras,método francês,moscato,moscato de alexandria,moscato-2019,muscadet,muscadet de la loire,sur lie,vinho,vinho branco,vinhos aromáticos,vinhos brancos brasileiros,vinhos brancos intensos,vinícola,

Maturação sur lie em vinhos brancos: como essa técnica funciona?


O termo de origem francesa refere-se à maturação “sobre borras”, o que aumenta a complexidade e cremosidade nos vinhos brancos.

Seja utilizada na elaboração de espumantes, seja na estruturação de vinhos brancos, a maturação sur lie, desde que aplicada a bebidas de alta qualidade, traz resultados excelentes oriundos de componentes das próprias leveduras que fizeram sua fermentação.

Todo o processo se inicia quando, após a transformação do açúcar em álcool (fermentação alcoólica), as leveduras entram na fase de autólise, que é uma autodegradação natural das moléculas, operada pelas enzimas ali presentes. Após algumas semanas, uma porção sólida se deposita no fundo dos recipientes: é a “borra”, sobre a qual faremos maturar o vinho sur lie, ou que será separada nas elaborações convencionais.

Essas borras nada mais são do que leveduras mortas sedimentadas, com compostos nitrogenados, aminoácidos, proteínas, lipídios e, mais importante, complexos aromáticos que podem ser restituídos ao vinho. Além da fermentação alcoólica, mais borras podem surgir caso se inicie a segunda fermentação, a fermentação malolática.

Borras depositadas ao fundo de barril após a autólise das leveduras que transformaram a uva em vinho. Observa-se também o processo de bâtonnage (revolvimento com bastão) das borras em um vinho branco.

O procedimento comum é separar o vinho das borras, que se mantêm ao fundo enquanto o líquido é conduzido a outro reservatório. Porém, a enóloga pode optar por manter o vinho em contato com parte dessa borra, o que traz mais complexidade aromática e deixa o vinho mais redondo e macio. Nos vinhos brancos o contato com as borras também é responsável por aumentar o corpo, conceder mais cremosidade, interferir na expressão dos taninos e elevar sua intensidade de aromas e sabores, além de deixá-los mais estáveis, durarouros, profundos e estruturados. Se o vinho for de boa qualidade, com uvas extremamente sadias e de boa maturação, tendo passado por uma fermentação bem conduzida, a borra trará propriedades igualmente favoráveis. Mas também pode ocorrer o oposto. Por isso a seleção dos vinhos cuja elaboração será conduzida dessa maneira precisa ser rigorosa, cabendo à enóloga julgar a quantidade, o tempo e se um vinho deve ou não ficar em contato com as borras.

Por esse motivo o método é também melhor aplicado a vinhos que se destacam em algumas qualidades, como é o caso do Moscato de Alexandria da Casa Tertúlia, extremamente aromático e com corpo e complexidade suficiente para receber a intervenção das borras. Inspirado na elaboração dos vinhos sur lie franceses, o Moscato da safra de 2019 da Casa Tertúlia passou por um método sur lie com borras refinadas, o que pode ser constatado observando a própria garrafa.

Moscato de Alexandria, safra 2019, Casa Tertúlia. Um vinho sur lie de coloração amarelo âmbar, muita intensidade e complexidade aromática, inspirado em métodos franceses.

Certamente as características marcantes desse vinho de lote limitado se devem, em partes, à varietal que é altamente aromática, com características muito favoráveis na hora da elaboração do vinho, e, em partes, às propriedades que foram enobrecidas através da maturação sur lie, além da meticulosa atuação da enóloga optando por esse método. Vale a pena conhecer os sabores de mel, erva-doce e as notas cítricas desse que certamente é um Moscato único e cheio de personalidade.

Fontes:
https://adegaperlage.com.br/2019/10/30/sur-lie-e-batonnage-no-vinho/
http://www.tintosetantos.com/index.php/envelhecendo/422-sur-lies-o-que-e-isso
https://www.labivin.net/article-que-signifie-la-mention-sur-lie-muscadet-50516514.html
https://dico-du-vin.com/elevage-sur-lies-l/
https://wisp-campus.com/l-elevage-sur-lies/?lang=en
https://www.enocultura.com.br/muscadet/
https://www.wine.com.br/winepedia/sommelier-wine/sur-lie-e-batonnage/

Agradeço também à enóloga da vinícola Casa Tertúlia, Viviane M. Massi Hilgert, pelas informações prestadas.